
Os rituais do luto são diferentes entre as mais diversas religiões e culturas. Trazem em comum, no entanto, a importância de ajudar quem ficou a elaborar melhor seu luto e ressignificar sua vida mediante a perda que sofreu.
No Budismo, por exemplo, familiares e amigos se reúnem sete dias após a morte para celebrar a memória de quem se foi. O encontro se repete a cada sete dias até completar sete reuniões. No Japão, é realizado o Obon, uma celebração que acontece entre 13 e 15 de agosto todos os anos. Famílias enfeitam o templo ou áreas ao ar livre com lanternas coloridas, dançam e rezam, celebrando a visita dos antepassados. No cristianismo, é celebrada a missa de sétimo dia da morte. Entre outros exemplos.
Além dos rituais característicos de cada religião, muitas pessoas também buscam sua própria forma de homenagear o amigo ou familiar e o provedor de ajuda (terapeuta, psicólogo ou psiquiatra) pode ajudar nessa busca do melhor formato. É preciso, porém, que o ritual faça sentido para a pessoa.
O prof Dr Colin Murray Parkes, na videoaula “Luto complicado” fala sobre um paciente que cumpriu todos os rituais após a passagem de sua esposa: velório, enterro, desfez-se de suas roupas e itens pessoais e seguiu adiante, evitando falar sobre ela.
Com o passar dos dias, porém, sentia fortes dores de estômago. Fez uma série de exames que não acusaram nenhuma doença. Foi, então, aconselhado a fazer terapia. Com Parkes, ele entendeu que precisava se permitir vivenciar o luto e encontrar seu próprio ritual de despedida (saiba mais na videoaula “Luto Complicado”, com Colin Murray Parkes).
Assim, os rituais de despedida são uma importante ferramenta para a elaboração do luto, mas assim como o luto é um processo individual, muitas vezes é preciso ir além dos ritos “convencionais” e encontrar seu próprio modo de se despedir e ao mesmo tempo se reconectar (de outro modo) com quem partiu e começar a elaborar a vida sem a presença física daquele ser.
Quer saber mais sobre o tema? Assista às videoaulas de One Life Alive que abordam também a importância dos rituais de passagem:
“Luto Complicado”, com o Prof Dr Colin Murray Parkes
“O manejo clínico do luto por suicídio”, com a prof.a Dra Karen Scavacini
“Viver com uma doença que ameaça a vida”, com o prof Dr. Kenneth J Doka
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