
No curso “O luto, suas bases e expressões”, a psicóloga Maria Helena Franco nos relembra da Teoria do Apego, de John Bowlby e a importância dos vínculos em nossas vidas e o que acontece quando eles são rompidos no caso de uma morte. Quanto somos capazes de nos reestruturar, vivenciar o luto e ficarmos “bem”? Quando o luto não é mais considerado “normal”? – esses e outros questionamentos são trabalhados ao longo de onze aulas.
Nossas primeiras conexões começam quando ainda somos bebês, em especial com uma figura central de cuidado (na maioria das vezes a mãe, mas não necessariamente ela). Esta primeira conexão é no sentido de garantir nossa sobrevivência. Choramos quando temos uma demanda – fome, medo, sono, troca de fraldas e outras. Compreendemos que o choro terá como resposta o atendimento a essa demanda.
Ao perdermos alguém, choramos também, visando resgatar a pessoa que partiu, de alguma forma, como a tínhamos antes, da maneira como gostaríamos. Revisitamos, portanto, esse nosso comportamento de busca por ajuda. Além do choro, temos outros comportamentos de busca pela pessoa: revemos vídeos, ouvimos mensagens gravadas, revemos fotos, entre outras possibilidades.
O suporte ao enlutado será no sentido de lhe ajudar a construir uma nova forma de manifestação do vínculo. A conexão não deixará de existir, mas ela se transformará e o profissional da saúde mental poderá ajudar o enlutado neste caminho de descobrir qual será o novo lugar de quem partiu em sua biografia.
Referência: Curso “O Luto, suas bases e expressões”, com Maria Helena Franco.
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