
O exercício de cuidar de alguém requer, antes de mais nada, uma empatia por quem o outro é, o que está sentindo, vivenciando.
Esta empatia pode nos levar a uma ação. Essa ação correspondente se expressa pela Compaixão, que é uma atenção que você terá pelo outro via uma ação correspondente.
A compaixão requer que eu me aproxime do outro naquilo de humano que ele tem. Há uma conexão entre dois humanos e, a partir daí, as ações acontecem.
Assim, o exercício do cuidar requer compaixão. É preciso estar PRESENTE para entender o que a outra pessoa precisa e não simplesmente transmitir a ela aquilo que acho que é certo, que funciona, que encaixa.
Evidentemente este é um processo que nos demanda muita energia e, ao longo do tempo, leva a um cansaço. A fadiga de compaixão é isso: uma profunda exaustão física e emocional do profissional que cuida.
Como consequências da fadiga de compaixão podemos perceber mudanças em nossa vida pessoal e profissional. Nos sentimos mais amargos, desanimados, o nosso olho já não brilha tanto na execução da nossa atividade.
Temos a tendência de cometer mais erros, como não avaliar bem a importância de um caso, ficar mais hostil, desatento, violar os limites no trato com as pessoas ou ainda perder o local de respeito junto a pacientes/ clientes.
Por todos esses motivos que voltamos a afirmar: o autocuidado, o autoconhecimento, a atenção às próprias necessidades são fundamentais no exercício do cuidar. É preciso cuidar de si.
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