Os sinais do suicídio: é possível prevenir?

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2007 e 2016, foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 106.374 óbitos por suicídio. Em 2016, a taxa chegou a 5,8 por 100 mil habitantes. O Sudeste concentrou quase metade (49%) das notificações seguido da região Sul, que concentra cerca de 25%. O órgão divulgou em sua página (www.portalms.saude.gov.br) alguns sinais de alerta para identificar um potencial suicida, destacando, porém, que não há uma fórmula infalível para isso, apenas uma tentativa de ajudar quem está em crise suicida, visando diminuir essas tristes estatísticas.

São sinais de alerta: 

1. O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos duas semanas.

2. Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.

3. Expressão de ideias ou de intenções suicidas.

4. Isolamento.

O órgão também listou quatro passos para quem deseja ajudar uma pessoa sob risco de suicídio, os quais são (resumidamente):

1. Converse: encontre um momento apropriado e um lugar calmo para conversar. Ouça a pessoa com a mente aberta e sem julgamentos;

2. Acompanhe: permaneça em contato para acompanhar como a pessoa está se sentindo e o que está fazendo;

3. Busque ajuda profissional: incentive a pessoa a buscar ajuda profissional e se ofereça para acompanha-la;

4. Proteja: se há perigo imediato, não a deixe sozinha e assegure-se de que a pessoa não tenha meios para provocar a própria morte.

Posvenção – o suicídio também deixa marcas em quem ficou, inevitavelmente. Estima-se que os casos de suicídio no Brasil acarretem em 60 mil novos sobreviventes (pessoas do relacionamento ou entorno de quem se suicidou) no país.

O luto do suicídio é mais duradouro e traz algumas características específicas: o estigma, o tabu, a busca incessante do porquê, ou a prisão do “e se” (“e se tivesse feito isso ou aquilo”) e o aumento do desejo de suicídio entre os enlutados. Por isso, a posvenção é tão importante.

Segundo a psicóloga Karen Scavacini, convencionou-se chamar de posvenção as atividades que podem ajudar a diminuir o estresse causado pelo suicídio, ou seja, o suporte oferecido aos enlutados e a prevenção de um novo suicídio dentro desta população de sobreviventes. De acordo com a profissional, o tema ainda é muito incipiente no país, mas é urgente ampliar o debate, visando oferecer mais apoio aos sobreviventes enlutados.

Quer saber mais sobre o tema? Acesse www.onelifealive.org e assista a videoaula “O manejo clínico do luto por suicídio”, com a psicóloga Karen Scavacini.

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