Um profissional da saúde mental/emocional com pouca experiência em crises e emergências pode atuar em uma crise como a da Covid-19?

Estar acompanhado de um supervisor é fundamental para começar a atuar em crises

Sabemos que as crises variam em sua intensidade/ impacto. Enquanto profissionais da área da saúde mental, buscamos em nossa trajetória profissional e estudos anteriores os recursos necessários para o enfrentamento das crises provocadas pela pandemia da Covid-19, bem como para darmos o suporte assertivo a quem necessita da nossa ajuda.

Especialista em liderar equipes no atendimento a crises e emergências, Maria Helena Franco destaca que, no contexto da pandemia, é fundamental que o profissional da saúde faça uma avaliação rápida e acurada da situação em que é instado a atuar. Na opinião da psicóloga, a pandemia exige uma atuação ágil, dinâmica, na qual a experiência conta muito.

Aos profissionais com pouca experiência anterior, mas que desejam atuar durante a pandemia, Maria Helena recomenda que trabalhem sempre sob a supervisão de um profissional mais experiente, que possa lhe transmitir os conhecimentos necessários, mostrar os pontos de atenção, mas sem perder a agilidade que a situação demanda. “Pode caber à supervisão a necessidade de tomar decisões que serão passadas para uma equipe, por exemplo. Sabemos que errar é humano, mas em alguns casos não se pode errar porque vai causar dano para o afetado, porque vai colocá-lo em risco de desenvolver um transtorno psicológico”, destaca.

Para Maria Helena, a atuação em crise exige do profissional da saúde mental a atenção aos detalhes, o cuidado para não generalizar na avaliação e realizar ações repetidas quando a situação pode exigir ações específicas, treinamento constante, supervisão no caso de profissionais ainda pouco experientes e a autoavaliação, visando ter consciência dos seus limites.

Referência: Curso “A poderosa necessidade humana de segurança: o que você pode fazer como profissional diante de uma crise?”, com Maria Helena Franco

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